INFIEL - A HISTÓRIA DE UMA MULHER QUE DESAFIOU O ISLÃ

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Em novembro de 2004, o cineasta Theo van Gogh foi morto a tiros em Amsterdã por um marroquino, que em seguida o degolou e lhe cravou no peito uma carta em que anunciava sua próxima vítima - Ayaan Hirsi Ali, que fizera ao lado de Theo o filme Submissão, sobre a situação da mulher muçulmana. E assim essa jovem exilada somali, eleita deputada do Parlamento holandês e conhecida na Holanda por sua luta pelos direitos da mulher muçulmana e suas críticas ao fundamentalismo islâmico, tornou-se famosa mundialmente. No ano seguinte, a revista Time a incluiu entre as cem pessoas mais influentes do mundo. Como foi possível para uma mulher nascida em um dos países mais miseráveis e dilacerados da África chegar a essa notoriedade no Ocidente? Em 'Infiel', sua autobiografia precoce, Ayaan narra a impressionante trajetória de sua vida, desde a infância tradicional muçulmana na Somália até o despertar intelectual na Holanda e a existência cercada de guarda-costas no Ocidente. É uma vida de horrores, marcada pela circuncisão feminina aos cinco anos de idade, surras freqüentes e brutais da mãe, e um espancamento por um pregador do Alcorão que lhe causou uma fratura no crânio. É também uma vida de exílios, pois seu pai, quase sempre ausente, era um importante opositor da ditadura de Siad Barré - a família fugiu para a Arábia Saudita, depois para a Etiópia, e finalmente se fixou no Quênia. Obrigada a freqüentar escolas em muitas línguas diferentes e conviver com costumes que iam do rigor muçulmano da Arábia à mistura cultural do Quênia, a adolescente Ayaan chegou a aderir ao fundamentalismo islâmico como forma de manter sua identidade. Mas a guerra fratricida entre os clãs da Somália e a perspectiva de ser obrigada a se casar com um desconhecido escolhido por seu pai, conforme uma tradição que ela questionava, mudaram sua vida, e ela acabou fugindo e se exilando na Holanda. Ela descobre então os valores ocidentais iluministas de liberdade, igualdade e democracia liberal, e passa a adotar uma visão cada vez mais crítica do islamismo ortodoxo, concentrando-se especialmente na situação de opressão e violência contra a mulher na sociedade muçulmana.

Infiel
Livro em português
Brochura
1ª Edição - 2007 - 504 pág.

Eu Sei Que Vou Te Amar

Photo Sharing and Video Hosting at Photobucket Eu sei que vou te amar traz a história de um casal recém-separado após seis anos de casamento, que marca um reencontro depois de três meses sem se ver. O cenário é o novo apartamento dele. A ansiedade e o estranhamento inicial manifestados em gestos contidos e frases pensadas, vão aos poucos dando lugar a um turbilhão de emoções e palavras com alto poder destrutivo, mas renovador. Em busca de uma resposta para o que sente, o homem e a mulher extravasam ressentimentos, ofensas, mágoas, enumeram dores e traições até chegarem a um estado de delírio que os coloca na beira do abismo muitas vezes existente entre a palavra dita e o desejo real. Ali, onde não são possíveis formulações racionais, onde a palavra é impotente diante do indizível. Reescrito e atualizado pelo autor em forma de romance, o livro chega às livrarias com a mesma atualidade que provocou tamanha identificação no escuro do cinema há 20 anos.

JABOR, ARNALDO
Arnaldo Jabor nasceu no Rio de Janeiro. Estudou Direito, foi crítico de teatro e cineasta. Dirigiu filmes que se tornaram referência no cinema nacional, como 'Tudo Bem', 'Toda Nudez será castigada', 'Eu sei que vou te amar' e 'Eu te amo'. Desde a década de 90 é colunista no Estadão e em O Globo. Também é comentarista do Jornal Nacional. Publicou quatro livros, entre eles, 'Sanduíches de Realidade' e a 'Invasão das Salsichas Gigantes', pela Objetiva, que tiveram expressivo desempenho comercial.

Fonte: Verdes Trigos Org

CCBNB homenageia 40 anos de criação da Tropicália

CCBNB homenageia 40 anos de criação da Tropicália com programação especial em novembro

Tropicália: o Brasil em Transe

Centro Cultural Banco do Nordeste homenageia 40 anos de criação do movimento tropicalista com programação especial em novembro

FORTALEZA, 31.10.2007 - O Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza (rua Floriano Peixoto, 941 - Centro - fone: (85) 3464.3108) homenageia, durante todo o mês de novembro, os 40 anos de criação do movimento tropicalista, com uma programação especial intitulada Tropicália: o Brasil em Transe. Gratuita ao público, a programação evoca a atmosfera revolucionária dos anos 1960, época onde a radicalização política teve sua contraface nas manifestações artísticas e culturais.

No cinema, com o filme "Terra em Transe", de Glauber Rocha; nas participações de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tom Zé, Gal Costa, Rita Lee e Os Mutantes, entre outros, nos festivais de música; na estréia da peça teatral "O Rei da Vela", de Oswald de Andrade, com direção de José Celso Martinez Corrêa e cenografia de Hélio Eichbauer; ou ainda nas instalações e objetos de Hélio Oiticica, onde a arte não era mais feita apenas para ser vista, mas para ser tocada, vestida ou vivida com o corpo, no teste dos seus limites.

Programação

Integram essa vasta e diversificada programação: a exposição com obras expressivas do artista Hélio Oiticica, pela primeira vez no Nordeste, como a instalação "Tropicália", que deu nome ao movimento, bem como a bandeira "Seja marginal, seja herói" e réplicas dos seus Parangolés; fotografias documentais utilizadas em capas e encartes de discos, realizadas pelo artista Ivan Cardoso, e imagens do cenário da peça "O Rei da Vela"; jornais, cartazes, capas de discos e livros; o monólogo "Antônio Conselheiro", com José Celso Martinez Corrêa; mostra de cinema; shows de música; reedição e lançamento de livros.

Tudo isso aliado a palestras e debates que trazem o calor das manifestações artísticas que propunham inquietar e estimular a ação, desconstruindo as situações habituais de recepção da arte e os limites convencionais entre elas e o espectador.

A programação começa amanhã (quinta-feira, 1º de novembro), com a série de shows "Tropicália canta", dentro do programa Cultura Musical. No decorrer do mês, acontecerão duas apresentações de seis espetáculos diferentes (nos dias 1º, 14, 21, 22, 28 e 29, sempre às 12h e 18h30): Trio João e Marias canta Nara Leão, dia 1º; Banda Salt canta Raul Seixas, dia 14; Nayra Costa e Banda Overtrio cantam Os Mutantes, dia 21; Os Transacionais cantam Tom Zé, dia 22; Banda Geral.Br canta Força Tropical, dia 28; e o percussionista Hoto Jr. e banda cantam Gilberto Gil e Caetano Veloso, dia 29.

Exibição de filmes

A partir do dia 6 (terça-feira), começa a série cinematográfica "Tropicália - uma revolução na cultura brasileira", dentro do programa Imagem em Movimento, no cineteatro do CCBNB-Fortaleza.

A série abrange uma mostra de filmes e documentários que apresenta o movimento tropicalista como uma revolução na cultura brasileira. "Terra em Transe", por exemplo, momento de invenção de um novo cinema. "Doces Bárbaros", "Infinita Tropicália" e "Fabricando Tom Zé", um musical e dois documentários que retratam o universo poético-musical da estética tropicalista.

O filme "Fabricando Tom Zé" (direção de Décio Matos Jr., documentário, 2006) será exibido no dia 6, às 10h25, dia 10 (sábado), às 15h10, e dia 13 (terça-feira), às 12h40; "Terra em Transe" (direção de Glauber Rocha, drama, 1967), no dia 6, às 12h30, dia 10, às 18h, e dia 27 (terça-feira), às 10h15; O musical "Doces Bárbaros" (direção de Jom Tob Azulay, 1977), no dia 6, às 18h05, dia 20 (terça-feira), às 10h20, e dia 27, às 12h35; o documentário "Infinita Tropicália" (direção de Adilson Ruiz, 1985), no dia 10, às 13h15, dia 13, às 10h25, e dia 20, às 12h40.

Às quartas-feiras de novembro (dias 7, 14, 21 e 28), sempre às 19h30, os quatro filmes serão exibidos na Casa da Comédia Cearense (rua Major Pedro Sampaio, 1190 - Rodolfo Teófilo - atrás do Hospital do Câncer - fone: (85) 3281.3107), na seguinte ordem: "Infinita Tropicália" (dia 7), "Doces Bárbaros" (dia 14), "Terra em Transe" (dia 21) e "Fabricando Tom Zé" (dia 28).

Debate sobre fotografia e abertura de exposição

No dia 8 (quinta-feira), às 18h30, será lançado o programa É Tudo Fotografia, cujo objetivo é promover encontros entre fotógrafos e profissionais de outras áreas para discutir as várias formas do fazer fotográfico e como a fotografia transita pelos diversos campos do conhecimento.

Com o tema "Fotografia, Tropicália", a primeira edição do novo programa reunirá o fotógrafo, artista visual e professor Solon Ribeiro, e o pesquisador das áreas de cinema, literatura, poesia e vídeo, Henrique Dídimo.

No dia seguinte (sexta-feira, 9), às 20h, será aberta a exposição "Tropicália: o Brasil em Transe", com curadoria de Solon Ribeiro, Maurício Coutinho e Paulo Bruscky. Gratuita ao público, a mostra ficará em cartaz até 30 de dezembro deste ano.

Para refletir sobre o movimento tropicalista, a exposição reúne, além de obras emblemáticas como a Tropicália e os Parangolés de Hélio Oiticica, fotos e filmes de Ivan Cardoso, documentos inéditos apresentando o universo de experimentações que caracterizou as expressões desse momento, imagens do cenário da peça "O Rei da Vela", jornais, cartazes, capas de discos e livros.

Seminário avançado de arte

Também na sexta-feira, 9, antes da abertura da exposição, terá início, às 18h30, o seminário avançado de arte "O Movimento Tropicalista". Ao reunir um seleto grupo de pensadores importantes na formação do movimento tropicalista, o seminário propõe uma reflexão, pensando, debatendo e investigando as origens e desdobramentos desse movimento. O seminário terá continuidade nos dias 10, 14, 20 e 21.

A palestra de abertura será do cineasta e fotógrafo Ivan Cardoso, responsável pela criação de um novo gênero no cinema brasileiro, o Terrir - uma mistura de terror e comédia. A palestra de Ivan Cardoso acontecerá na sexta-feira, 9, a partir das 18h30.

Em seguida, no dia 10 (sábado), às 17h, o palestrante será o fotógrafo César Oiticica Filho, curador do Projeto Hélio Oiticica. No dia 14 (quarta-feira), às 18h30, será a vez de Luiz Carlos Maciel, teórico e diretor teatral, além de um dos fundadores do semanário O Pasquim, onde assinava a coluna Underground, pioneira na divulgação da Contracultura no Brasil.

O seminário prossegue na terça-feira, 20, às 18h, com a palestra do escritor, professor universitário e cineasta pernambucano, Jomard Muniz de Brito, encerrando no dia seguinte (quarta-feira, 21), às 16h, com um dos mais revolucionários diretores teatrais e atores do País, José Celso Martinez Corrêa.

Debate e artes cênicas: Mautner e Zé Celso

Remanescente do tropicalismo e ex-membro do Partido Comunista Brasileiro, o escritor, cantor, compositor, violinista, cineasta, pensador e agitador cultural Jorge Mautner acumula em seu currículo um Grammy de melhor disco de MPB e um Prêmio Jabuti de Literatura.

O autor da Mitologia do Kaos e da canção "Maracatu Atômico", escrita em parceria com Nelson Jacobina, sucesso popular nas vozes de Gilberto Gil e Chico Science, falará sobre seu envolvimento e atuação no Tropicalismo no programa de debates Papo XXI, no próximo dia 13 (terça-feira), às 19h.

No dia 20 (terça-feira), às 20h, o programa de artes cênicas Ato Compacto traz o monólogo "Antônio Conselheiro", com o ator e diretor José Celso Martinez Corrêa. Considerado pela crítica especializada um grande momento do teatro brasileiro, o monólogo se baseia no livro "Os Sertões", de Euclides da Cunha, transformado em Épico pelo grupo de teatro Oficina, dirigido por Zé Celso.

Troca de Idéias e lançamentos de livros

As atividades serão encerradas no dia 29 (quinta-feira), às 18h30, com programa Troca de Idéias, com a participação de Solon Ribeiro, Paulo Bruscky e Ricardo Oiticica, debatendo o tema "Tropicália: o Brasil em Transe". Após o debate, serão lançados livros dos três autores, editados pelo Banco do Nordeste e pela Companhia Editora de Pernambuco (CEPE).

O Troca de Idéias promoverá uma conversa com os autores sobre as participações do artista Hélio Oiticica em performances em São Paulo (esta, denominada "Mitos Vadios"), documentada por Solon Ribeiro, e em Recife, registrada por Paulo Bruscky, ambas em 1978.

Além disso, descreverá uma cartografia da família Oiticica, com destaque para a importância do anarquista, professor e filólogo brasileiro, José Oiticica, para a história política do Brasil.

No final, serão lançados os seguintes livros: "Parangolés das Capas em Recife - Hélio Oiticica, 1978", de Paulo Bruscky; "Mitos Vadios em São Paulo - Hélio Oiticica, 1978", de Sólon Ribeiro; "Ação Direta" (fac-símile de autoria de José Oiticica); e "Viagem à roda do meu umbigo: subsídio para uma história de família", de Ricardo Oiticica.

CONTATOS PARA ENTREVISTAS:

César Oiticica

(21) 7846.8678

(21) 2539.5918

/ 2538.2531

oiticica@mac.com

Zé Celso Martinez

Valério (secretário)

(11) 7697.9388

valeriopeguini@teatroficina.com.br

Luiz Carlos Maciel

(21) 2294.4668

(21) 9858.7517

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Paulo Bruscky

(81) 9159.8264

pbruscky@terra.com.br

Ivan Cardoso

(21) 9604.7359

mestredoterrir@yahoo.com.br

Jomard Muniz de Brito

Fone / fax: (81) 3231.3245


Jorge Mautner

(11) 3871.2263 / 3862.3751

casa.4@uol.com.br

INFORMAÇÕES ADICIONAIS:

*Jacqueline Medeiros (consultora do Centro Cultural Banco do Nordeste) - (85) 3464.3184 / 8851.5548 - jacquerlm@bnb.gov.br

*Luciano Sá (assessor de imprensa do Centro Cultural Banco do Nordeste) - (85) 3464.3196 / 8736.9232 - lucianoms@bnb.gov.br